sexta-feira, 28 de outubro de 2016

"Todos os dias, em cada canto do mundo, alguém espera ser recompensado pela batalha diária, pela bondade, pelas boas intenções. Mas como disse meu amigo, ser feliz não é troféu por mérito, é comprometimento. É recusar afundar miseravelmente a própria história em lamentos e dores. É esperar menos dos céus e mais de si mesmo. Nas salas de aula dos cursos de filosofia e nas capas dos livros de autoajuda, do alto da torre Eiffel ou embaixo do viaduto do Chá, nos vídeos motivacionais do YouTube e nas rodas de amigos está lá, batendo ponto, o desejo de encontrar a fórmula mágica para transformar em contentamento as agruras diárias. E, no afã de ter mais adrenalina que cansaço, na esperança de eternizar prazeres e aniquilar tristezas, perdemos tempo na espera, gastamos vida na procura. Ser feliz não é direito. É atribuição. E só assim, determinados a protagonizar o próprio destino e tomar as rédeas do caminho, podemos ressignificar frustrações. Felicidade será sempre vidro. Mas, à medida que honramos o que somos e o que temos, pode ser vidro blindado."

SER FELIZ NÃO É DIREITO. É OBRIGAÇÃO

Revista Bula