"Todos os dias, em cada canto do mundo, alguém espera ser recompensado pela batalha diária, pela bondade, pelas boas intenções. Mas como disse meu amigo, ser feliz não é troféu por mérito, é comprometimento. É recusar afundar miseravelmente a própria história em lamentos e dores. É esperar menos dos céus e mais de si mesmo. Nas salas de aula dos cursos de filosofia e nas capas dos livros de autoajuda, do alto da torre Eiffel ou embaixo do viaduto do Chá, nos vídeos motivacionais do YouTube e nas rodas de amigos está lá, batendo ponto, o desejo de encontrar a fórmula mágica para transformar em contentamento as agruras diárias. E, no afã de ter mais adrenalina que cansaço, na esperança de eternizar prazeres e aniquilar tristezas, perdemos tempo na espera, gastamos vida na procura. Ser feliz não é direito. É atribuição. E só assim, determinados a protagonizar o próprio destino e tomar as rédeas do caminho, podemos ressignificar frustrações. Felicidade será sempre vidro. Mas, à medida que honramos o que somos e o que temos, pode ser vidro blindado."
SER FELIZ NÃO É DIREITO. É OBRIGAÇÃO
Revista Bula
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